PESQUISA LOGÍSTICA
A tomada de decisões baseada em dados está ajudando os gerentes da cadeia de suprimentos a identificar e priorizar suas próximas ações. Isto é explicado pelo estudo Data-led innovation for the modern supply chain, que destaca os planos dos gerentes de focar em IA, el machine learning e internet das coisas.
Os responsáveis pela cadeia de suprimentos ─CSCO, na sigla em inglês─ entrevistados pelo IBM Institute for Business Value em colaboração com a consultoria Oxford Economics, apostam em gerar mais dados e relatórios como medida para enfrentar interrupções nos processos logísticos.
“Nos últimos três anos tem havido um fluxo constante de eventos inesperados como a Covid, condições meteorológicas extremas, desafios logísticos e guerras, pelo que todos os intervenientes na cadeia de abastecimento têm feito esforços heroicos para manter os produtos em movimento”, explica Greg Jozwiak, CSCO da empresa Dow nos Estados Unidos. Para um em cada dois gerentes, a forma de enfrentar estes desafios tem sido reorganizar a sua força de trabalho, colaborar com parceiros e adotar novas tecnologias, incluindo a automação.
No topo da lista de prioridades dos CSCO para a preparação para o futuro está a melhoria da experiência do usuário (52%), o aumento das margens de lucro e da eficiência (49%) e a geração de melhores previsões para a tomada de decisões (47%).
A necessidade de coletar dados
Acontecimentos recentes destacaram a necessidade de estar preparado para diferentes cenários. “Os CEO e os conselhos de administração colocaram-nos nesta situação ao pensar na cadeia de suprimentos como uma forma de reduzir custos durante 20 anos. Mas, depois dos acontecimentos recentes, compreenderam que a cadeia de suprimentos tem de ser um facilitador do crescimento da empresa", observa Mike Corbo, CSCO da Colgate Palmolive EUA.
A automação e as tecnologias de inteligência artificial são cada vez mais utilizadas pelos responsáveis pelas cadeias de suprimentos. A coleta de dados é uma necessidade comum e 25% das organizações inquiridas já implementaram análises preditivas. O machine learning e o gerenciamento automatizado de fluxo de trabalho são as próximas ferramentas mais difundidas.
Inovação tecnológica na tomada de decisões
Um em cada cinco gerentes da cadeia de suprimentos, está a intensificar a implementação de soluções tecnológicas. Suas estratégias se concentram no dimensionamento de infraestruturas de nuvem híbrida, na criação de fluxos de trabalho habilitados para IA, na transparência, na centralização no cliente e no monitoramento da segurança cibernética.
Esses CSCO, que o IBM Institute for Business Value chama de “os inovadores”, conseguiram aumentar os lucros anuais de suas empresas em 11% em comparação com o restante dos entrevistados em 2021. A maioria afirma usar inteligência artificial e análises avançadas para gerenciar demandas e fazer previsões com base em tecnologias preditivas. Os gêmeos digitais são outra ferramenta utilizada pelos responsáveis pelas cadeias de suprimentos. “Se recomeçasse minha carreira, faria um gêmeo digital de tudo. “Os gêmeos digitais geram dados com base no que aprendem, e operar com essas informações nos permite resolver problemas mais rapidamente.”, aconselha Sophie Bechu, COO da Philips na Holanda.