Bonnysa

31 ago 2011

Perfeita rastreabilidade e rotação do produto

A Bonnysa é atualmente uma das principais organizações produtoras e exportadoras de tomates na Espanha. Fundada em Santa Cruz de Tenerife em 1956, dispõe de centros de cultivo em quatro províncias espanholas.

O principal requerimento levantado pela empresa foi desenhar um sistema de armazenagem automática que fosse capaz de abastecer o novo centro de distribuição e embalagem que Bonnysa tem na província de Alicante. A implementação de um armazém com estas características permite a implementação de procedimentos de rastreabilidade e rotação do produto, objetivos básicos dentro do seu programa de qualidade.

O armazém automático de Bonnysa está configurado por duas instalações com diferentes funções:

Câmara de campo: se utiliza como pulmão entre a mercadoria que vem diretamente das zonas de cultivo e todos os processos de seleção do tomate. Com este armazém é possível combinar as tarefas que possuem ritmos de trabalho muito diferentes. Por exemplo, a descarga dos caminhões e os processos de calibração possuem fluxos muito distintos entre si, portanto, necessitam de algum mecanismo que atue como regulador do tráfico entre as duas zonas.

Câmara de calibração: é usado para armazenar os produtos já lavados e calibrados, pendentes para serem enviados para a linha de embalagem. A função esperada para este armazém é a clássica gestão do estoque para os processos de entrega a linha de embalagem, assegurando um rigoroso seguimento de rastreabilidade e uma alta rotação dos produtos. A mercadoria é depositada em prateleiras de duplo fundo que permite o acesso até uma segunda profundidade. Assim, a capacidade de armazenagem é duplicada sem ter que aumentar o número de transelevadores.

Necessidades a cobrir

As funcionalidade do software de gestão de armazéns da Mecalux cobrem as necessidades detectadas nas fases de análises, entre elas podemos destacar:

Identificação automática da carga

Os armazéns automáticos implantados na Bonnysa operam de forma totalmente automática, coletando toda a informação relativa aos paletes a partir do código de barras de cada um deles, Para garantir a qualidade da informação o conceito TAF (Trace at First) é aplicado, ou seja, a informação é introduzida uma única vez, e a partir desse momento viaja sempre associada a carga. Desta forma, existe um diálogo constante entre o sistema de gestão do armazém automático e o sistema que gerencia todos os processos produtivos da planta.

Repartição de carga nas entredas

No momento de realizar as entradas dos paletes, o sistema deve permitir a repartição de uma mesma referência em corredores distintos. Isso se deve, porque, caso o transelevador de um corredor fique inoperante por qualquer erro, torna-se possível administrar paletes da mesma referencia extraindo-os de outro corredor.

Gestão de calibre e peso na entrada

Foi sugerido a instalação de uma pesadora dinâmica para verificar as cargas na entrada e para facilitar informação de perdas e produção. A instalação elementos de controle de medidas na Bonnysa é um fator chave para garantir o funcionamento adequado e seguro do resto da instalação.

Trânsito de paletes ou ‘cross-docking’

Determinado tipo de produto é armazenado na câmara de campo, mas vai automaticamente para a câmara de calibração desde a entrada. Assim, o sistema cumpre uma dupla funcionalidade, armazenagem de produto e transporte automático de cargas entre diferentes pontos da instalação.

Descrição da solução instalada

Câmara de campo

Dois transelevadores de simples fundo para paletes de 1.000 x 1.200mm

A capacidade total do armazém é de 576 paletes, com uma altura total de 12m. A unidade de carga é um palete de 1.000 x 1.200 mm, com uma altura de 2.225 mm e um peso máximo de 1.000 kg. A câmara de campo está desenhada para manter uma temperatura de 8ºC e uma umidade de 90%.

O desenho da câmara de campo permite obter o máximo de rendimento dos transelevadores de simples fundo. Este estudo foi realizado a fim de avaliar seu potencial. Foi determinado que o fator mais crítico em um armazém de tipo "pulmão" não é o número de paletes armazenados, mas uma boa velocidade a fim de facilitar a absorção de todo o fluxo de paletes nas entradas e saídas.

Cabeceira da câmara de campo

Cabeceira é definido como o conjunto de sistemas mecânicos e elétricos que fornecem automaticamente o transporte de paletes a partir das posições de nível de entrada para o transelevador e do transelevador para o nível de saída.
Por sua vez, o projeto da cabeceira de câmara de campo permite realizar tarefas de cross-docking (ou transferência) onde os paletes são automaticamente encaminhados da entrada à saída.

A cabeceira é dividida em quatro áreas diferentes:

- Zona de preentrada com 3 posições de carga. Sua principal função é a entrada de paletes procedentes da descarga dos caminhões. O design desta área oferece um alto grau de acumulação de paletes, a fim de minimizar o tempo desde a descarga do palete do caminhão até a sua entrada no armazém automático.

- Área de entrada e rejeição. Inclui todos os dispositivos próprios dos postos de entrada no armazém: controle de medição, leitura de código de barras e controle de peso.

Foi previsto uma área de rejeição independente da área de entrada. Nesta área situa-se todos os paletes que tiveram algum problema com a entrada: código errado, leitura incorreta do código de barras, etc. Por tratar-se de um posto de trabalho separado das entradas, os paletes com algum tipo de incidência não impedem a entrada contínua do restante.

- Zona de transferência com transelevadores. Possibilita o carregamento e descarga de paletes com a ajuda dos dois transelevadores da câmara de campo.

- Área de saídas. Composta por uma combinação de docas de saída automáticas e docas de saída por gravidade.

Para comunicar as docas de saída com o resto da cabeceira se usa um carro transferidor, o Shuttle-Car, de dupla capacidade. Usando este dispositivo, que suporta a transferência de paletes de dois em dois, proporciona ao sistema uma grande flexibilidade, ao mesmo tempo, que permite absorver vagamente o fluxo de saída gerado pelos transelevadores.

Câmara de calibração

Três transelevadores de duplo fundo para paletes de 1.000 x 1.200 mm.

A capacidade total do armazém é de 1.584 paletes, com uma altura máxima de 12 m. A unidade de carga é o palete de 1.000 x 1.200 mm, com uma altura de 2.195 milímetros e um peso máximo de 1.000 kg.

A câmara de calibração é projetada para manter uma temperatura de 8 º C e uma umidade de 90%.

O design da câmara de campo é baseado em prateleiras de paletização de dupla profundidade. Este tipo de instalação é ideal para armazenar produtos com poucas referências diferentes e que devem se agrupar em lotes de fabricação recebidos de forma mais ou menos sequencial. A partir de um projeto correto dos algoritmos de localização, se obtém uma série de ocupação no armazém e um rendimento dos transelevadores muito elevado.

Cabeceira da câmara de calibração

O cabeceira é dividida em três áreas distintas:

- Área de entrada e rejeição. Usado como um ponto de junção entre a câmara de calibração e os paletes procedentes dos processos internos da Bonnysa. A área de entrada inclui todos os controles para garantir a idoneidade da carga: controle de medição, leitura do código de barras e controle de peso.

Igual na câmara de campo prevê-se a rejeição independente da área de entrada.

- Carrossel central de paletes. Usados ??para comunicar a cabeceira com os transelevadores de paletes. Seu design circular se destina a permitir a recirculação de paletes, em caso de saturação de algum elemento do armazém. Com isso, consegue-se ter um pulmão interno para evitar a parada dos postos de entrada, saída ou transelevadores.
- Área de saídas. Utilizado para comunicar a câmara de calibração com diferentes linhas de empacotamento automático. Para isso, se dispõe de uma série de docas aonde o palete chega de forma totalmente automática a seu destino.

Utiliza-se um carro transferidor para comunicar cinco das sete docas de saída.

Desde a automatização, Bonnysa aumentou o controle do produto e a segurança de seu armazém, obtendo um desempenho até cinco vezes superior em relação a um armazém convencional.

FICHA TÉCNICA

BONNYSA CAMPO
Comprimento das prateleiras: 42 m
Largura das prateleiras: 15 m
Altura da prateleiras: 12 m
Número de corredores: 2
Unidade de carga: paletes de 1.000 x 1.200 x 2.250 mm
Carga máxima: 1.000kg/palete
Capacidade total: 576 paletes
Paletes movidos / Hora:
100 paletes / hora de entrada
e 100 paletes / hora de saída
Shuttle car: um de dupla capacidade
Transelevador: 1
Tempo de rotação média: 8 horas
Tempo controlado: 8 º
Umidade: 90%

BONNYSA CALIBRADOS
Número de corredores: 3
(2 corredores com prateleiras de 12 m
altura x 42 m de comprimento e 1 corredor
9,5 m de altura x 42 m de comprimento)
Unidade de carga: paletes de  1.000 x 1200 x 2195 mm
Carga máxima: 1.000kg/palete
Capacidade total: 1.584 paletes
Paletes movidos / Hora:
100 paletes / hora de entrada
e 100 paletes / hora de saída
Shuttlecar: 1 de capacidade de simples
Posições de entrada: 1
Saída: 7 docas
Transelevador: 3 (de fundo duplo)
Tempo de rotação média: 1-2 dias
Tempo controlado: 8 º
Umidade: 90%