A Internet Industrial das Coisas coleta informações de sensores em máquinas de fábricas e armazéns

A revolução da Internet Industrial das Coisas (IIoT)

02 ago 2022

A IoT (sigla da Internet das Coisas) já é uma realidade para as empresas mais pioneiras. A A Internet Industrial das Coisas (IIoT) engloba a rede de objetos físicos que utilizam sensores e software para se conectar à rede e compartilhar dados, o que converte esses dispositivos em ‘inteligentes’.

De fato, o crescimento dessa tecnologia se disparará nos próximos anos: um estudo da consultora Grand View Research calcula que o investimento em IIoT em 2025 atingirá a cifra de 949 bilhões de dólares.

Neste artigo explicaremos o que é a IoT aplicada à indústria, seus benefícios para a empresa e, sobretudo, as tendências que mais afetarão a logística 4.0.

O que é a IoT Industrial ou IIoT

A Internet das Coisas aplicada ao setor industrial constituirá a próxima grande revolução nas empresas. Essa tecnologia permitirá aos diferentes objetos interconectar-se entre si e compartilhar dados, abrangendo o conjunto de dispositivos que opera através da internet e outras plataformas analíticas com o objetivo de processar os dados coletados ao longo de toda a cadeia de suprimentos.

Ao contrário da IoT genérica, mais focada nos benefícios do consumidor, a IIoT permite interconectar maquinaria e dispositivos em procedimentos logísticos e industriais visando melhorar a eficácia e o desempenho de seus processos.

Com um impacto global em termos de volume de negócio de mais de 14 trilhões de dólares até 2030, segundo um estudo da consultora Accenture, a IIoT, somada ao desenvolvimento da Indústria 4.0, permitirá às empresas:

  • Detectar com maior agilidade as ineficiências e reduzir os erros ao máximo.
  • Maximizar a eficiência nos processos industriais da empresa.
  • Economizar em custos logísticos: tempo e dinheiro.

Aplicações da IoT Industrial

O Consórcio de Internet Industrial (IIC, em suas siglas em inglês), um organismo formado por mais de 200 empresas dedicadas a promover o uso da Internet das Coisas no âmbito industrial, indica as 15 utilidades mais comuns dessa tecnologia:

  • Aplicações inteligentes de armazenamento.
  • Manutenção preditiva e remota de maquinaria.
  • Controle de carga, bens e transporte.
  • Logística conectada.
  • Medição inteligente de cada processo logístico.
  • Aplicações em "cidades inteligentes" (smart cities)
  • Agricultura inteligente e controle do gado.
  • Sistemas de segurança industrial
  • Otimização do consumo de energia.
  • Aquecimento industrial, ventilação e ar-condicionado.
  • Monitoramento de equipamentos de fabricação.
  • Monitoramento de ativos e logística inteligente.
  • Monitoramento de ozônio, gás e temperatura em ambientes industriais.
  • Segurança e saúde dos operadores.
  • Gerenciamento do desempenho dos ativos no armazém.

Em suma, de acordo com o IIC, a IIoT fornecerá eficiência às instalações de armazenagem através do monitoramento dos processos e da segurança em suas operações, especialmente nas mais complexas ou que possam representar um risco tanto para a mercadoria quanto para o operador.

Diferenças entre IIoT e indústria 4.0

É habitual confundir os termos IIoT e indústria 4.0. Embora ambos os conceitos caminhem juntos no sentido de melhorar a competitividade global das empresas, representam ideias diferentes:

Indústria 4.0 IIoT
Digitalização Big data e analítica
Automação Dispositivos interconectados
Novos materiais Manutenção preditiva
Técnicas de melhoria de processos Segurança industrial

Ou seja, a tecnologia IIot é uma das inúmeras soluções oferecidas aos desafios da indústria 4.0: engloba a troca de dados e informações entre todos os dispositivos existentes no armazém. Pelo contrário, a indústria 4.0 define o novo paradigma e os novos desafios que as empresas enfrentam: a melhoria de processos, a automação e a digitalização para manter a competitividade em um ambiente tão complexo.

Benefícios da IoT Industrial

A introdução da IoT na indústria proporcionará ao setor uma infinidade de benefícios visando conseguir o objetivo de qualquer processo logístico: maximizar a rentabilidade reduzindo os custos operacionais. Entre suas inúmeras vantagens para a indústria, destacam-se:

  • Aumento da eficiência e do desempenho do armazém: a interconexão entre pessoas e maquinaria facilitará a otimização de cada processo logístico.
  • Manutenção preditiva da maquinaria: as máquinas terão sensores que, sem intervenção humana, avisarão os operadores sobre qualquer risco de avaria antes que ocorra. Graças a essa função, aumentará a produtividade de cada operação.
  • Novas oportunidades de negócio: monitorar cada dado gerado pela empresa permitirá antecipar-se às novas tendências do mercado e prever o segmento de negócio que pode ser mais interessante para a empresa.
  • Melhoria da eficiência energética: a incorporação da Internet das Coisas mudará o paradigma de eficiência energética, uma vez que equipará o armazém com sensores que ajudam a otimizar o consumo energético.
  • Segurança industrial: a conectividade passa por ser a melhor aliada da segurança no armazém. Os processos nos quais intervenham elementos IioT contarão com sensores e monitores para prevenir qualquer acidente que possa ocorrer na instalação.
Um estudo da Gartner prevê que 85% das empresas em 2022 terão introduzido a robótica em seus armazéns
Um estudo da Gartner prevê que 85% das empresas em 2022 terão introduzido a robótica em seus armazéns

Futuro e presente da IoT industrial

A IoT industrial representará uma revolução em todos os aspectos da cadeia de suprimentos: do transporte ao armazenamento, passando também por operações mais complexas, tal como o controle de qualidade.

Mesmo assim, as instalações mais inovadoras já estão incorporando tecnologias que dependem diretamente da interconexão e da troca de informações entre maquinaria. Por exemplo, o uso do gêmeo digital (digital twins) é uma realidade para as empresas com armazéns 4.0. Já é possível criar réplicas de alta precisão de uma instalação e de seus fluxos de trabalho, o que permite simular alterações e melhorias de forma digital sem alterar a estrutura real do armazém.

Mas há mais: a automação de armazéns (a consultora Gartner calcula que 85% das empresas usarão a robótica em suas instalações até 2022), a introdução de smart tags (mediante tecnologia NFC) para aumentar a eficiência no picking, ou a melhoria preditiva nos sistemas de gerenciamento de armazém, entre outros avanços.

Em suma, a Internet Industrial das Coisas oferecerá uma vasta gama de opções de melhoria em todas as operações, particularmente naquelas que atualmente ainda são especialmente complexas e onde se aloca a maior parte de recursos, como a preparação de pedidos ou o gerenciamento da última milha.

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