O gerenciamento do lead time do armazém permite organizar os processos na cadeia de suprimentos

O que é o 'lead time' em logística e como otimizá-lo?

01 abr 2020

O lead time, o tempo de ciclo, de entrega ou de fornecimento, refere-se ao tempo decorrido desde que uma ordem de pedido é gerada para o fornecedor até que a mercadoria — desse fornecedor — é entregue ao cliente (pode ser um particular ou uma loja). Lidar com este conceito é fundamental para a organização de todos os processos ao longo de toda a cadeia de suprimentos.

O que mede cada lead time ao longo da cadeia de suprimentos?

Dependendo do trecho da cadeia de suprimentos que observarmos e do ponto de vista que adotarmos, o significado de lead time vai variar levemente. Tal conceito pode ser dividido em partes para que possamos compreender a forma em que afeta cada área:

  • Vendas e gestão comercial: conhecer o lead time com precisão permitirá comprometer-se com uma data de entrega específica com os clientes.
  • Compras e abastecimento: considerar o lead time dos fornecedores de matérias-primas é essencial para evitar desabastecimentos na linha de produção.
  • Lead time do ciclo de produção: o lead time dos processos manufatureiros facilita o cálculo do tempo de fabricação e isso logo terá impacto na gestão logística e comercial.
  • Logística e distribuição: o lead time logístico adquire uma dimensão integral: seu armazém precisa monitorar o tempo de fornecimento dos suprimentos das demais áreas para avaliar quanto tempo a fábrica demorará em produzi-los, quando vão chegar ao armazém e em quanto tempo podem ser encaminhados e entregues ao cliente.

Como se calcula o lead time?

A forma habitual de calcular o tempo de fornecimento é:

Lead time = data de entrega – data de pedido

O resultado mostra os dias desde que foi feito o pedido até que este chegou ao cliente. Mede-se em dias de calendário para simplificá-lo. O cálculo deve ser feito atendendo cada parte da cadeia de suprimentos que identificamos anteriormente e por cada produto em particular.

Diagrama que mostra os ‘lead time’ ao longo de uma cadeia de suprimentos
Diagrama que mostra os ‘lead time’ ao longo de uma cadeia de suprimentos

Pegando como exemplo este diagrama, se você for um dos clientes ao final de uma cadeia de suprimentos longa, seu lead time será o acumulado do todos os processos: o dos fornecedores de matérias-primas, o da fábrica que irá produzi-lo e o do centro de distribuição que se encarregará de enviá-lo a você.

Por isso, embora possa parecer que o cálculo do lead time seja simples, para um correto planejamento de operações é essencial conhecê-lo detalhadamente.

Também é preciso considerar outras variáveis adicionais, por exemplo, que o fornecedor só aceite pedidos em um dia específico da semana (se apenas aceita ordens de compra às terças e quintas-feiras, o atraso de um pedido feito na segunda-feira será de um dia, mas o da sexta-feira será de quatro dias).

O tempo de fornecimento é medido com maior precisão pegando como base o histórico de pedidos da empresa e suas entregas. Esse dado é um ponto de partida mais confiável do que as promessas oficiais por parte dos fornecedores, uma vez que na realidade costumam ocorrer variações.

A importância de contar com um curto lead time logístico

Os principais objetivos da logística são: entregar os produtos solicitados no lugar específico, no momento exato, e nas quantidades e condições exigidas.

Na equação logística o lead time refere-se à dimensão temporal que está intimamente relacionada ao nível de serviço, mas tem um grande impacto no controle de estoque e no planejamento da demanda.

As vantagens de contar com um tempo de fornecimento reduzido se refletem em:

  • Um planejamento da demanda mais preciso: realizar as tarefas de demand forecasting em um prazo curto, o que permite ganhar precisão. Uma das principais regras da gestão da demanda é que quanto mais organizado for em termos de futuro, mais incerteza haverá. Com tempos de fornecimento mais curtos é possível reduzir tal incerteza, uma vez que isso facilita fazer previsões mais confiáveis e cumpri-las de forma mais exata.
  • A possibilidade de contar com níveis de estoque reduzidos: um lead time curto garante operar com menor volume de inventários para satisfazer a demanda do cliente. A razão fundamental pela qual existe a gestão de estoques armazenados é para cobrir a diferença de tempo entre um cliente que faz um pedido e o tempo que o fornecedor demora em entregá-lo. O tempo de fornecimento tem um efeito linear na política de inventários: quanto maior for o lead time, maior será o estoque armazenado e à inversa.
  • Uma melhoria global no serviço oferecido ao cliente: ter um lead time curto permite acelerar os tempos de entrega e cumprir os compromissos adquiridos com o cliente. Na época da logística 4.0 e da logística omnicanal, a eliminação de etapas intermediárias e a simplificação de processos são um valor agregado crucial para a empresa.
O software de gerenciamento de armazém permite otimizar o ‘lead time’
O software de gerenciamento de armazém permite otimizar o ‘lead time’

Como otimizar o lead time na cadeia de suprimentos

1. Medir com precisão todos os tempos de fornecimento por categorias

O ponto de partida perfeito para reduzir o tempo de fornecimento é conseguir isolar e identificar os lead times críticos (por exemplo: fabricação, transportes, processamento no armazém, etc.). Posteriormente, é preciso decompor cada tempo de fornecimento e encurtá-lo em partes para poder entendê-lo e otimizá-lo.

Trata-se da mesma base sobre a qual se alicerça a medição de KPI no armazém. Para facilitar essa tarefa se costuma utilizar um software especializado que integra os dados de toda a cadeia de suprimentos.

2. Analisar os processos e subprocessos da intralogística detalhadamente

É importante analisar as operações vinculadas à intralogística para detectar pontos de estrangulamento e falhas que estejam atrasando o fluxo de materiais. Se transferirmos para o armazém, a gestão operacional global é o resultado de múltiplos subprocessos que funcionam em cadeia e um detalhe mínimo, por mais insignificante que pareça, pode alterar tais fluxos.

Vamos exemplificar: imagine um caso onde o movimento das mercadorias segue o critério FIFO (o primeiro a chegar, o primeiro a sair) e que para tal se utiliza um transportador de roletes. Ao chegar a um ponto do percurso, o transportador não é capaz de manter o fluxo em movimento e as caixas se acumulam no solo junto ao transportador repleto: vão amontoando-se umas em cima das outras.

Quando a aglomeração for recolhida do outro lado do circuito e o transportador aceitar carga novamente, é provável que os operadores primeiro peguem as caixas que estão na parte de cima, alterando o critério para LIFO (o último a chegar, o primeiro a sair) e dando prioridade à ordem inadequada.

E aqui já temos um ponto de ineficiência que está ampliando o tempo das operações. Por isso, fazer uma análise detalhada dos fluxos no armazém é imprescindível para detectar as causas dos problemas e resolvê-los.

A automatização de processos no armazém reduz o tempo de entrega e otimiza o lead time
A automatização de processos no armazém reduz o tempo de entrega e otimiza o lead time

3. Gerenciar os imprevistos com a ajuda de software especializado

Existe uma grande variedade de causas que podem provocar flutuações nos tempos de fornecimento. Muitas delas são aleatórias e inesperadas. Nesse sentido, o software logístico especializado permite limitar essa incerteza e melhorar o lead time:

  • Ganhando capacidade de reação perante imprevistos: isso se multiplica no ambiente do armazém. O que fazer diante de um recebimento cego (chegada de carga não esperada)? Que parâmetros logísticos seguir para ordenar a preparação de pedidos? Essas questões e muitas mais podem ser resolvidas com grande rapidez graças ao uso de um Sistema de Gerenciamento de Armazém como o Easy WMS.
  • Integrando e centralizando todas as informações da cadeia de suprimentos: o uso de um software dotado de avançados algoritmos favorece a tomada de decisão e a detecção de pontos críticos ao longo de toda a cadeia de suprimentos. É o caso do Supply Chain Business intelligence, módulo especial dedicado à análise de dados do Easy WMS.

4. Chegar a acordos de colaboração com os fornecedores

Na hora de selecionar fornecedores, há uma tendência cada vez maior de priorizar relações de longo prazo. Isso é assim porque permite padronizar processos e refinar o planejamento dos tempos de fornecimento, para que assim sejam encurtados até conseguir chegar a operar com cross-docking ou seguir o método just-in-time no armazém.

Um software como o módulo Software para Gestão da Expedição Logística/Multi Carrier Shipping para Easy WMS da Mecalux simplifica a integração do armazém com as principais transportadoras, ponto essencial para a logística de e-commerce, entre outros setores.

O armazém, como vínculo indispensável entre a oferta e a demanda, desempenha um papel fundamental na estruturação de toda a cadeia de suprimentos. Por isso, uma boa gestão do armazém é crucial para conseguir reduzir os lead time.

Se você estiver em busca de um Sistema de Gerenciamento de Armazém que permita melhorar sua eficiência, não hesite em entrar em contato conosco: mostraremos uma demonstração, além de fornecer todas as informações necessárias.

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